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10 de dez. de 2025

Vinho Medicinal de Ervas: Tônico Digestivo e Imunológico Tradicional

 

Fotografia de uma garrafa de vidro âmbar com vinho medicinal de ervas sobre uma mesa de madeira rústica. Ao lado, ramos frescos de hortelã e pedaços de gengibre

2. Contextualização breve e útil

Esta receita descreve a preparação de um vinho medicinal, uma forma tradicional de extrair e conservar os princípios ativos de plantas utilizando vinho como solvente. É comumente utilizada como tônico digestivo e imunológico em casos de convalescença, fraqueza e falta de apetite. É crucial ressaltar que se trata de uma preparação alcoólica, portanto, seu uso deve ser moderado e consciente. Não substitui diagnóstico ou tratamento médico para condições específicas listadas na receita original, como mioma ou alergias.

 

3. Ingredientes


1 litro de vinho tinto seco (de boa qualidade, preferencialmente orgânico e sem aditivos)

20 g de folhas frescas, limpas e secas, de uma erva de sua escolha (exemplo: Hortelã-pimenta Mentha x piperita para digestão, ou Gengibre Zingiber officinale fresco ralado para imunidade)

 200 g (1 xícara) de açúcar mascavo orgânico

 

4. Modo de Preparo


Prepare a Erva: Lave bem as folhas frescas escolhidas e seque-as delicadamente com um pano limpo ou papel toalha. Se usar gengibre, rale-o grosso.

Prepare o Xarope: Em uma panela de fundo grosso (esmaltada, inox ou vidro), adicione o vinho tinto e o açúcar mascavo. Leve ao fogo médio, mexendo suavemente apenas até dissolver completamente o açúcar. Não deixe ferver. Assim que começar a formar pequenas bolhas na borda (próximo do ponto de fervura), desligue o fogo imediatamente. O objetivo é aquecer, não cozinhar o álcool.

 

Infusão: Com o líquido ainda quente, adicione as folhas ou o gengibre ralado. Tampe a panela imediatamente para evitar a evaporação dos compostos voláteis.

 

Repouso e Filtragem: Deixe a mistura repousar, tampada, até atingir a temperatura ambiente (cerca de 2 a 3 horas). Em seguida, coe utilizando um pano de algodão limpo ou um coador de voal, espremendo bem o material vegetal para extrair todo o líquido.

 

Armazenamento: Transfira o vinho medicinal para uma garrafa de vidro âmbar ou azul (que protege da luz), esterilizada e bem seca. Feche hermeticamente.

 

5. Modo de Uso / Como Consumir


Posologia: 1 cálice de licor (30 ml), 1 a 2 vezes ao dia, preferencialmente após as refeições principais.

 

Duração: Não recomendado para uso contínuo prolongado. Utilize por períodos de até 15 dias e faça uma pausa.

Armazenamento e Validade: Conservar em local fresco, escuro ou na geladeira. Consumir preferencialmente em até 1 mês. A validade de 3 meses, como citado originalmente, só é segura com armazenamento refrigerado impecável e alta concentração alcoólica/doçura.

 

Contraindicações e Cuidados Cruciais:

 

Contraindicado para crianças, adolescentes, gestantes, lactantes, pessoas com histórico de alcoolismo, hepatopatias, gastrite ou úlceras ativas.

 

Uso sob orientação profissional para diabéticos (devido ao açúcar), hipertensos e pessoas sob uso contínuo de medicamentos (risco de interação).

 

Nunca exceda a dose recomendada. O álcool, mesmo em preparações medicinais, traz riscos à saúde se consumido em excesso.

 

Atenção à Planta: As propriedades e segurança dependem totalmente da planta utilizada. Nunca use plantas desconhecidas ou de origem duvidosa.

 

6. Dicas e Variações


Para um preparado menos doce: Reduza o açúcar pela metade (para 100g). O açúcar atua como conservante e adoçante, mas pode ser ajustado.

 

Ervas Alternativas Seguras: Para um tônico amargo-digestivo, use Absinto Artemisia absinthium (com extrema moderação). Para um tônico imunoestimulante suave, use Alecrim Rosmarinus officinalis.

 

Filtragem: Para um líquido mais límpido, após a primeira filtração, pode-se passar o vinho por um filtro de papel para café.

 

Rotulagem: Cole uma etiqueta na garrafa com o nome da planta, a data de preparo e a data de validade.

 

Você já experimentou fazer um vinho medicinal? Conte nos comentários qual erva você escolheria e para qual objetivo! Compartilhe esta receita responsável com quem se interessa por fitoterapia tradicional.



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